Tu És o Glorioso - 7

Cidade Maravilhosa e Alvinegra: em 1996, Fogão conquista um Carioca especial

Atualizado em 03-03-2015 às 15h00

Por Auriel de Almeida - Historiador

O aniversário da cidade do Rio de Janeiro parece dar sorte ao Glorioso. Em 1996, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro promoveu, com o apoio da Prefeitura do Rio, um torneio especial antes do início do Campeonato Estadual. Batizado de Taça Cidade Maravilhosa, a competição repetia os campeonatos da Estado da Guanabara, extinta 21 anos antes na fusão com o Estado do Rio de Janeiro, nos quais só participavam equipes da cidade. E na véspera do aniversário carioca, o Botafogo foi o campeão - com um dos gols batendo na trave e no adversário antes de entrar, como no último domingo.

A taça, disputada em turno único pelos oito clubes cariocas que disputariam o estadual, foi conquistada com "um pé nas costas" pelo Alvinegro, então campeão brasileiro. O clube passou por América (3 a 1), Fluminense (2 a 0), Olaria (2 a 0), Vasco (5 a 3) e Bangu (4 a 0), e chegou na penúltima partida precisando apenas de um empate para ser campeão. O adversário era o surpreendente Madureira, também invicto e em segundo lugar na tabela.

O JOGO

Confirmando a ótima campanha, o Fogão não deu chances para o Madureira e espantou a zebra com categóricos 3 a 0, mantendo os 100% de aproveitamento na competição.

O Tricolor Suburbano até começou bem a partida. Com um eficiente esquema defensivo e tocando a bola com tranquilidade, o Madureira chegou a envolver o Botafogo e assustou com vários lances de perigo nos primeiros minutos. Como quando Germano, após boa jogada pela direita, chutou forte para espalmada de Wágner. Ou na sequência, quando Magno recebeu impedido e tocou para o gol, mas o juiz anulou. Tudo isso antes dos 10 minutos de jogo.

Foi preciso de uma boa dose de sorte de campeão para o Bota acordar na partida. Aos 16 minutos Jefferson arriscou de fora da área, num dos poucos lances do ataque alvinegro, e a bola bateu na trave, nas pernas do defensor Josecler e entrou: 1 a 0, em um gol bem inusitado.

O Madureira não se assustou com a desvantagem e continuou pressionando, perdendo boas chances com Gilson e Magno. Mas quem fez foi o Bota, com um chute forte de Dauri da intermediária: 2 a 0. E no finzinho da etapa o Tricolor poderia ter diminuído quando Gilson entrou de frente de Wágner, mas o atacante desperdiçou.

O segundo tempo foi mais equilibrado, com chances de lado a lado. Logo no primeiro minuto Bentinho teve chance de ampliar para o Bota, mas Acácio fez boa defesa. Robinho, pelo Madureira, irritou os poucos torcedores tricolores presentes perdendo chances em sequência. E como o adversário nao conseguia sair do zero, o Fogão fechou o caixão com Jamir, que fez 3 a 0 com mais um chute de fora da área.

Com o título assegurado, o Botafogo enfrentou o Flamengo na rodada final preocupado apenas em não perder a invencibilidade na festa da entrega de faixas e troféu - e o empate em 2 a 2 até foi comemorado pelos flamenguistas que, com a terceira posição, puderam ao menos dizer que o Rubro-Negro foi a única equipe na competição a não perder para o Glorioso.

==Ficha técnica==

BOTAFOGO 3 x 0 MADUREIRA

Quinta-feira, 29 / 02 / 1996
Taça Cidade Maravilhosa - 6a Rodada
Local: Maracanã
Público: 22.962
Árbitro: Ubiraci Damásio

Gols: Josecler (contra, 16/1ºT), Dauri (27/1ºT) e Jamir (28/2ºt)

Botafogo: Wágner (Carlão), Perivaldo (Silas), Wilson Gottardo, Gonçalves e Jefferson; Jamir, Uidemar, Moisés e Dauri; Bentinho (Paulo Roberto Prestes) e Túlio Maravilha. Técnico: Marinho Peres.

Madureira: Acácio (Artur), Germano, Marçal, Dedé e Josecler (Clei); Pedro Paulo, Bonamigo, Eduardo e Robinho (Wellington); Gílson e Magno. Técnico: Nelsinho.

Expulsões: Jefferson e Dedé

Confira o vídeo da comemoração do Botafogo e do empate com o Flamengo!


 

Por Auriel de Almeida - Historiador

O aniversário da cidade do Rio de Janeiro parece dar sorte ao Glorioso. Em 1996, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro promoveu, com o apoio da Prefeitura do Rio, um torneio especial antes do início do Campeonato Estadual. Batizado de Taça Cidade Maravilhosa, a competição repetia os campeonatos da Estado da Guanabara, extinta 21 anos antes na fusão com o Estado do Rio de Janeiro, nos quais só participavam equipes da cidade. E na véspera do aniversário carioca, o Botafogo foi o campeão - com um dos gols batendo na trave e no adversário antes de entrar, como no último domingo.

A taça, disputada em turno único pelos oito clubes cariocas que disputariam o estadual, foi conquistada com "um pé nas costas" pelo Alvinegro, então campeão brasileiro. O clube passou por América (3 a 1), Fluminense (2 a 0), Olaria (2 a 0), Vasco (5 a 3) e Bangu (4 a 0), e chegou na penúltima partida precisando apenas de um empate para ser campeão. O adversário era o surpreendente Madureira, também invicto e em segundo lugar na tabela.

O JOGO

Confirmando a ótima campanha, o Fogão não deu chances para o Madureira e espantou a zebra com categóricos 3 a 0, mantendo os 100% de aproveitamento na competição.

O Tricolor Suburbano até começou bem a partida. Com um eficiente esquema defensivo e tocando a bola com tranquilidade, o Madureira chegou a envolver o Botafogo e assustou com vários lances de perigo nos primeiros minutos. Como quando Germano, após boa jogada pela direita, chutou forte para espalmada de Wágner. Ou na sequência, quando Magno recebeu impedido e tocou para o gol, mas o juiz anulou. Tudo isso antes dos 10 minutos de jogo.

Foi preciso de uma boa dose de sorte de campeão para o Bota acordar na partida. Aos 16 minutos Jefferson arriscou de fora da área, num dos poucos lances do ataque alvinegro, e a bola bateu na trave, nas pernas do defensor Josecler e entrou: 1 a 0, em um gol bem inusitado.

O Madureira não se assustou com a desvantagem e continuou pressionando, perdendo boas chances com Gilson e Magno. Mas quem fez foi o Bota, com um chute forte de Dauri da intermediária: 2 a 0. E no finzinho da etapa o Tricolor poderia ter diminuído quando Gilson entrou de frente de Wágner, mas o atacante desperdiçou.

O segundo tempo foi mais equilibrado, com chances de lado a lado. Logo no primeiro minuto Bentinho teve chance de ampliar para o Bota, mas Acácio fez boa defesa. Robinho, pelo Madureira, irritou os poucos torcedores tricolores presentes perdendo chances em sequência. E como o adversário nao conseguia sair do zero, o Fogão fechou o caixão com Jamir, que fez 3 a 0 com mais um chute de fora da área.

Com o título assegurado, o Botafogo enfrentou o Flamengo na rodada final preocupado apenas em não perder a invencibilidade na festa da entrega de faixas e troféu - e o empate em 2 a 2 até foi comemorado pelos flamenguistas que, com a terceira posição, puderam ao menos dizer que o Rubro-Negro foi a única equipe na competição a não perder para o Glorioso.

==Ficha técnica==

BOTAFOGO 3 x 0 MADUREIRA

Quinta-feira, 29 / 02 / 1996
Taça Cidade Maravilhosa - 6a Rodada
Local: Maracanã
Público: 22.962
Árbitro: Ubiraci Damásio

Gols: Josecler (contra, 16/1ºT), Dauri (27/1ºT) e Jamir (28/2ºt)

Botafogo: Wágner (Carlão), Perivaldo (Silas), Wilson Gottardo, Gonçalves e Jefferson; Jamir, Uidemar, Moisés e Dauri; Bentinho (Paulo Roberto Prestes) e Túlio Maravilha. Técnico: Marinho Peres.

Madureira: Acácio (Artur), Germano, Marçal, Dedé e Josecler (Clei); Pedro Paulo, Bonamigo, Eduardo e Robinho (Wellington); Gílson e Magno. Técnico: Nelsinho.

Expulsões: Jefferson e Dedé

Confira o vídeo da comemoração do Botafogo e do empate com o Flamengo!