Paulo Cezar Caju

Nascido em 1949, na favela da Cocheira, no Rio de Janeiro, Paulo Cezar tinha o sonho de qualquer menino pobre: fazer sucesso e sair da miséria. Como a favela ficava no bairro de Botafogo, logicamente tentou a sorte no Alvinegro. Em 1967, aos 18 anos, concretizou de vez seu sonho, ao se tornar jogador do time principal do Botafogo e participar de sua primeira temporada no Glorioso com destaque para os três gols que marcou na decisão daa Taça Guanabara, numa vitória épica sobre o América. Tão polêmico quanto seu futebol hábil e provocador, em pouco tempo se tornou conhecido no Rio de Janeiro. Não apenas pelo talento como também pela ascensão social. Ainda em 67, Paulo Cezar foi convocado pela primeira vez para a seleção brasileira, e se tornou conhecido de vez, em todo o país. Passou a frequentar círculos que poucos profissionais da bola tiveram a oportunidade de frenquentar, desfilando com belas mulheres e exibindo um gosto refinado que parecia ofuscar as dificuldades da infância.

Do Botafogo, Paulo Cezar transferiu-se para o Olympique, de Marselha. Ao voltar da França, passou a ser chamado de Paulo Cezar Caju por causa do cabelo vermelho que adotou em certa época. Além de Botafogo e Olympique, ele jogou no Flamengo, Corinthians, Fluminense, Vasco e Grêmio. Na seleção brasileira, fez 77 jogos e marcou 17 gols, tendo participado das Copas de 70 e 74. "Craque é assim. Outros correm mais, se esfalfam, suam a camisa, mas de positivo pouco acrescentam. Craque é aquele que sente o jogo e sabe tirar dele o melhor partido. Como Paulo Cezar..."
(Sandro Moreyra)

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