Garrincha

Manuel dos Santos nasceu dia 18 de outubro de 1933, em Pau Grande (RJ). Ponta-direita de dribles desconcertantes, jogou no Botafogo de 1953 a 1965. Estreou no Campeonato Carioca de 1953, marcando pênalti o gol de empate com o Bonsucesso, que vencia por 2 a 1. Considerado o mais habilidoso jogador de futebol de todos os tempos, dono de uma incrível capacidade de driblar sempre para o mesmo lado, ele é até hoje o símbolo máximo do Botafogo. O curioso é que, após ser rejeitado no Vasco e no São Cristóvão, por causa de suas pernas tortas e do desvio na coluna lombar, Garrincha foi treinar no Botafogo. Em sua primeira jogada, pôs a bola entre as pernas do lendário Nilton Santos e acabou contratado a pedido do próprio lateral.
Pelo Botafogo, disputou 612 partidas e marcou 245 gols. Conquistou três Campeonatos Cariocas (57, 61 e 62) e dois Torneios Rio-São Paulo (62 e 64). Titular da Seleção Brasileira da Copa de 58, além de ter sido o principal responsável pela conquista do bicampeonato mundial no Chile (62), Garrincha detém até hoje a impressionante marca: perdeu apenas uma das 61 partidas que fez com a camisa do Brasil. Pela Seleção, disputou 60 jogos, marcando 17 gols.
Vítima de cirrose hepática, morreu no Rio, dia 20 de janeiro de 1983. Em 1998, foi escolhido, em votação de jornalistas do mundo inteiro, para a seleção de todos os tempos da Fifa. Garrincha teve passagens discretas por Corinthians, Portuguesa (RJ), Atlético Júnior, da Colômbia, Flamengo e Olaria. Seus principais títulos: Copa do Mundo (1958 e 1962), Campeonato Carioca (1957, 1961 e 1962) e Rio-São Paulo (1962, 1964 e 1966).
"Driblar, tendo pernas tão tortas _ e driblar como ninguém _ eis um mistério de Garrincha que não ouso explicar;
Driblar, tendo uma perna mais curta que a outra _ e driblar como ninguém _ eis um mistério de Garrincha que tu não ousas explicar;
Driblar, tendo um desvio na espinha dorsal _ e driblar como ninguém _ eis um mistério de Garrincha que ele não ousa explicar;
Driblar, tendo a bacia deslocada no sentido oposto ao desalinho das pernas _ e driblar como ninguém _ eis um mistério que nós não ousamos explicar;

Driblar _ e driblar com tanta graça e naturalidade _ eis um mistério de Garrincha que só Deus pode explicar"
(Armando Nogueira)

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